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terça-feira, 3 de maio de 2016

Como desbloquear o ransomware CryptXXX

A experiência de usuários com ransomwares normalmente é: você acessa um site, de forma acidental faz download de um arquivo e o instala. Muitas vezes, nem percebe que fez isso.
Por um tempo nada acontece, mas de modo repentino você recebe uma mensagem informando que seus arquivos foram encriptados por um Trojan e terá de pagar um resgate para liberá-los. Depois do susto inicial, tenta confirmar a história para ter certeza de que não é uma brincadeira: todos os arquivos estão bloqueados e não consegue acessá-los. Além disso, nota que receberam uma nova extensão, .crypt.
cryptxxx-featured
Caso você se encontre nessa situação, seu sistema foi infectado por um CryptXXX. Além de bloquear seus arquivos, o Trojan também rouba dados pessoais e bitcoins. No entanto, temos boas notícias: existe uma ferramenta gratuita que pode salvar seu sistema.
O que é um CryptXXX?
Caso você esteja aqui pelo manual de desbloqueio, pule essa parte, já que a informação que você quer está mais abaixo. Nessa seção, falaremos de fatos sobre o Trojan.
No dia 15 de abril, pesquisadores da Proofpoint descobriram um ransomware que utilizava o kit de exploit Angler para infectar dispositivos Windows. Como os criminosos não deram nome a sua criação, os pesquisadores começaram a chamá-lo de CryptXXX. O nome foi provavelmente escolhido pelo fato do malware adicionar a extensão .crypt aos arquivos bloqueados e por XXX ser o segundo nome do Angler.
O CryptXXX é um ransomware no mínimo interessante. Os arquivos do PC e de qualquer mídia de armazenamento são encriptados pouco depois da infecção. Os criminosos usam esse espaço de tempo para confundir as vítimas e diminuírem as chances de identificação dos sites que espalham o malware.
Terminado o bloqueio, o Trojan cria três arquivos: um de texto, uma imagem e uma página HTML. A imagem é colocada como papel de parede da área de trabalho (para garantir que a vítima entenda o que está acontecendo). A página na web é aberta no navegador, enquanto o arquivo de texto é mantido no disco rígido. Todos os manuais têm textos similares.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Medo: Kaspersky encontra Duqu 2.0, um dos vírus mais sofisticados do mundo

Dias 10 de junho, Eugene Kaspersky, CEO da empresa de segurança Kaspersky Lab, convocou uma coletiva de imprensa em Londres para falar sobre uma ameaça à segurando dos computadores. De acordo com ele, uma nova versão do programa Duqu foi descoberta através de um método no mínimo curioso: um ataque à rede da própria Kaspersky.
De acordo com Eugene, o chamado Duqu 2.0 é uma evolução da ameaça detectada em 2011 que tinha como objetivo funcionar como um backdoor nos sistemas atacados e permitir o roubo de informação confidencial. Essa praga virtual foi a responsável por uma série de ataques à países como Hungria, Áustria, Indonésia, Reino Unido, Sudão e Irã. Além disso, há indícios que comprovam que esse mecanismo foi usado para espionar o programa nuclear do Irã.
Vírus sofisticado é encontrado pela empresa Kaspersky Lab.

Origem

Ainda de acordo com o CEO da Kaspersky, o Duqu 2.0 já está ativo há pelos menos um ano, já tendo vitimado várias organizações e companhias ao redor do globo. A Kaspersky Lab foi apenas uma dessas empresas, e, segundo a análise, o ataque tinha como objetivo principal espionar as tecnologias, as pesquisas em andamento e o funcionamento dos processos internos por lá.
Ainda de acordo com a Kaspersky, essa nova versão do Duqu tem relação com as conversas nucleares do P5+1 – grupo de países que, em 2006, reuniram esforços diplomáticos para negociações sobre o programa nuclear do Irã. Em adição a isso, especula-se que os responsáveis pelo Duqu 2.0 têm relação com o evento do 70º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
De acordo com o CEO da Kaspersky, o Duqu 2.0 já está ativo há pelos menos um ano.

Como funciona

Segundo Eugene, "a filosofia e o modo de pensar do grupo por trás do Duqu 2.0 está uma geração à frente de qualquer coisa já vista". A ameaça foi projetada para conseguir "sobreviver" quase que exclusivamente na memória dos sistemas infectados, dificultando sua detecção e dispensando a necessidade de persistência.
O malware foi enviado disfarçado como um instalador de softwares da Microsoft. Esse tipo de arquivo é usado por administradores de sistemas, que o utilizam para instalarem programas em computadores remotamente. Ao contrário de outros vírus, o Duqu 2.0 não cria ou modifica os arquivos existentes, nem altera o sistema operacional, tornando a sua detecção extremamente difícil.
Ao contrário de outros vírus, o Duqu 2.0 não cria ou modifica os arquivos existentes.

Responsáveis

A Kaspersky desconfia que o ataque tenha sido cuidadosamente planejado e financiado pela mesma organização que introduziu o Duqu em 2011. Sem atribuir a responsabilidade para nenhum país específico, a empresa reforça que não está comprometida com a política, mas sim com a investigação do ataque.
Questionado sobre a possível "mancha" na reputação da empresa que esse acontecimento pode acarretar, Eugine disse o seguinte: "Mesmo que isso faça 'mal à nossa reputação', eu não me importo. Nossa missão é salvar o mundo". E complementa: "Ao revelar o ataque, nós enviamos um sinal ao público e questionamos a validade – e moralidade – de ataques presumivelmente patrocinados pelo Estado contra empresas privadas em geral e empresas de segurança, em particular; e compartilhar o nosso conhecimento com outras empresas para ajudá-las a proteger seus ativos". Devemos começar a ficar preocupados?

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Novo malware evasivo rouba dados e apaga seu HD se você tentar detectá-lo

Um grupo de pesquisadores do Talos Group da Cisco Systems descobriu a existência de um novo tipo de malware que é capaz de tomar medidas impressionantes para evitar processos de detecção e análise. Entre as ações mais desesperadas de que osoftware nocivo é capaz está deletar todos os dados do seu disco rígido e, dessa forma, deixar seu computador inoperável.
Nomeado Rombertik pelos cientistas, o malware é um programa complexo que indiscriminadamente coleta tudo o que o usuário da máquina infectada faz na internet, com o provável objetivo de obter logins, senhas e outros dados sensíveis. O método de instalação, no entanto, não poderia ser mais batido: a infecção acontece ao clicar em anexos inclusos em emails maliciosos.

Mexendo com quem não está quieto

Fazendo a engenharia reversa do Rombertik, os pesquisadores descobriram que o software possui múltiplos níveis de funções de ofuscação e antianálise para tornar sua detecção mais difícil e para impedir que outras pessoas além de seu criador entendam seu funcionamento. Quando um dos seus componentes detecta que o programa está sendo estudado por um alguém, ele rapidamente se autodestrói – levando junto todos os dados do HD da vítima.
Ao perceber que está sendo analisado, o Rombertik toma uma série de medidas para conseguir sobrescrever o Master Boot Record (MBR) do seu computador e, ao conseguir fazer isso, ele reinicia a máquina e a prende em um loop infinito que impede sua utilização. Sempre que tentarem iniciar a máquina, os usuários ficarão presos em uma tela com os dizeres “Carbon crack attempt, failed”.
O MBR reescrito pelo malware contém dados sobre as partições de discos do computador e substitui seus bytes por informações nulas, tornando ainda mais difícil recuperar algo do HD sabotado. “Embora a talos tenha observado técnicas de antianálise e antidebugging em amostras passadas de malwares, o Rombertik é o único a ativamente tentar destruir o computador se detectar certos atributos associados com análises”, escreveram os estudiosos.

Bichinho esperto

Antes de sabotar seu computador, no entanto, o Rombertik usa outros métodos para tentar guardar seus próprios segredos. Para tentar evitar as ferramentas usadas para observar malwares em ambientes controlados de laboratório, o programa repete 960 milhões de vezes a escrita de um byte de dados aleatórios, o que causa um atraso capaz até de impedir que os comportamentos do software sejam documentados com precisão.
“Se uma ferramenta de análise tentasse registrar todas as 960 milhões de instruções de escrita, o registro cresceria para mais de 100 GB. Mesmo que o ambiente de estudo fosse capaz de lidar com um log desse tamanho, levaria mais de 25 minutos só para gravar esses dados em um disco rígido típico. Isso complica tudo”, afirmam os pesquisadores.
Depois de entender como o malware funciona e conseguir impedir que ele perceba que está sendo estudado, os cientistas do Talos conseguiram observar a função real do Rombertik. Quando o software detecta que um usuário está usando um navegador como Firefox, Chrome ou Internet Explorer, ele se insere no processo de funcionamento e passa a copiar tudo o que é digitado pelo usuário, independentemente do site que estiver aberto.

Precauções

Dessa forma, ele é capaz de ler qualquer login e senha antes que possam ser enviados via HTTPS, informações que então são enviadas para o criador do malware. Para evitar a infecção pelo Rombertik ou outros programas similares, o Talos Group recomenda manter seu antivírus atualizado, não clicar em anexos enviados por desconhecidos e adotar políticas sérias de segurança para emails.
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Estamos ficando mais inteligentes?



Os índices de QI (quociente de inteligência) estão aumentando em muitos lugares do mundo. Mas o que está por trás desse aumento? Isso realmente significa que as gerações atuais estão ficando mais inteligentes do que seus avós?
É até comum ouvir pais comentando que seus filhos são mais espertos do que eles mesmos. Fazendo isso, eles disfarçam uma observação prepotente sobre seus filhos por trás de um comentário autodepreciativo.
Mas um novo estudo, divulgado pela publicação científica Intelligence, traz novas provas de que, em muitos casos, isso pode realmente ser verdade.
Os pesquisadores – Peera Wongupparaj, Veena Kumari e Robin Morris, da Universidade Kings College, de Londres – não pediram para ninguém fazer o teste de QI, mas analisaram informações de 405 estudos anteriores. Ao todo, foram colhidos dados de testes de QI de mais de 200 mil participantes, feitos nos últimos 64 anos, em 48 países.
Focados em uma parte do teste de QI, o das Matrizes Progressivas de Raven, eles descobriram que, em média, a inteligência dos seres humanos aumentou o equivalente a 20 pontos desde 1950. Considerando que a pontuação média de um teste de QI é 100, esse é um aumento significativo.
Esses "ganhos de inteligência", porém, não foram distribuídos de maneira uniforme. Os índices de QI, em geral, aumentaram de forma mais rápida em países em desenvolvimento, com os maiores saltos acontecendo na China e na Índia.
Já no mundo desenvolvido, o crescimento do QI tem sido mais contido e variável – nos Estados Unidos, por exemplo, houve um aumento contínuo, mas no Reino Unido, houve um declínio.
A nova pesquisa é uma confirmação real de uma tendência que os cientistas identificaram há algum tempo.
Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos.
"Eu percebi que, ao fazer o teste antigo, eles conseguiram uma pontuação maior do que a obtida ao fazer o teste novo", explicou Flynn.
Em outras palavras, os testes estavam ficando mais difíceis. Isso ficou conhecido como "Efeito Flynn", embora Flynn faça questão de reiterar que ele não foi o primeiro a perceber esse "padrão" e não foi o responsável por dar esse nome à descoberta.



Mas se os testes estão ficando mais difíceis, e a média de pontuação ainda permaneceu estável em 100, as pessoas provavelmente começaram a apresentar um desempenho melhor. Parece que elas realmente estão ficando mais inteligentes.
Se os americanos de hoje fizessem os testes do século passado, teriam uma média extraordinariamente alta de QI com uma pontuação de 130, segundo Flynn.
E se os americanos do século passado fizessem os testes de hoje, eles teriam uma pontuação média de 70 – o reconhecido limite para pessoas com deficiência intelectual. Isso significa que o QI das pessoas está aumentando cerca de três pontos por década.

Explicações

Essa é uma questão não apenas nos Estados Unidos, mas para todos os países que têm demonstrado o efeito Flynn.
Em um estudo, Flynn comentou o desafio que os resultados lhe apresentavam: "Isso faz sentido? É certo admitir que em um determinado momento no passado quase 40% dos homens holandeses não tinham capacidade de entender futebol, o esporte nacional favorito?"
Leia mais: O pai dos computadores que mudaram o mundo
Então, afinal, o que está acontecendo? "Há muitas teorias, mas nenhuma delas foi comprovada por enquanto", disse Robin Morris.
Uma explicação possível tem a ver com as mudanças na educação. Na maioria dos países desenvolvidos, mais pessoas estão ficando por um período mais longo na escola, e os métodos de ensino evoluíram – não se resumem simplesmente a memorizar nomes, datas e fatos. Parece razoável supor que a educação esteja treinando as pessoas a pensar mais.
Mas, na verdade, essa suposição ainda é confusa. Não existe relação clara entre o aumento dos índices de QI e a melhora no ensino das escolas americanas.





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A escola, porém, prepara as crianças para fazer os testes de QI de outras maneiras – o que o psicólogo Arthur Jensen tem chamado de "sabedoria dos testes". Com o tempo, os alunos ficam acostumados com a pressão de provas e com o fato de serem testados o tempo todo, e eles aprendem táticas de exames que ajudam a melhorar o desempenho.
Uma demonstração clara disso surgiu de um estudo de dados brutos sobre QI na Estônia. Quando os psicólogos Olev e Aasa Must colocaram lado a lado testes de QI feitos em 1930 e em 2006, eles observaram um aumento considerável de respostas certas – e também de respostas erradas. Os alunos atuais sabiam que não seriam penalizados por 'chutarem" errado na hora de responder.
Leia mais: Stephen Hawking: Inteligência artificial pode destruir a humanidade
James Flynn acredita que a "sabedoria dos testes" pode ter sido um dos motivos do aumento do QI dos Estados Unidos na primeira metade do século 20. No entanto, desde então, a quantidade de provas de QI aplicadas diminuiu, e o aumento nos resultados permaneceu constante.
Flynn justifica esse progresso contínuo com as mudanças profundas pelas quais a sociedade passou e também com a evolução da educação no último século, que levou as pessoas a pensarem de maneira mais abstrata, de um jeito científico – bem o tipo de inteligência medido nas provas de QI.
Ele cita o trabalho do neurocientista Alexander Luria, que estudou povos nativos da antiga União Soviética. "Luria descobriu que eles eram muito pragmáticos e concretos na forma de pensar", diz Flynn, "e que não eram capazes de usar lógicas abstratas ou de tirarem conclusões hipotéticas num processo formal."
Luria colocou o seguinte problema para o líder de uma comunidade na Sibéria: "Onde sempre tem neve, os ursos são brancos; sempre há neve no Polo Norte – de que cor são os ursos do Polo Norte?"
O homem respondeu que nunca havia visto ursos de qualquer outra cor, a não ser marrom, mas se um homem sábio e honesto vindo do Polo Norte dissesse a ele que por lá os ursos eram brancos, ele poderia acreditar nele.
O método científico de raciocínio hipotético, fazendo classificações e tirando deduções lógicas, era muito estranho a ele.
"Atualmente, praticamente todo o ensino formal, na trajetória que passa pelo primeiro e segundo grau e entra na universidade, se baseia no raciocínio hipotético", conta Flynn. "Isso é a base da lógica científica. E você está aplicando a lógica em categorias abstratas."
E esse tipo de raciocínio não é praticado somente na escola.
Leia mais: Cientista prevê transplante de cabeça em dois anos

Estímulo cognitivo

Como Flynn observou, em 1900, somente 3% dos americanos tinham um emprego que fosse "cognitivamente exigente" – atualmente, esse número subiu para 35%, e o trabalho em si é muito mais exigente intelectualmente do que era há um século. As famílias também são menores, então crianças estão expostas a conversas mais "adultas" no jantar do que no passado.Crédito: Getty


Crianças de hoje são mais estimuladas a desenvolver habilidades cognitivas, diz Flynn
Há ainda o fenômeno do "hothouse parenting" – pais que incentivam seus filhos a aprenderem mais rapidamente coisas avançadas para a idade deles –, o que também pode ser um fator para o crescimento do QI das novas gerações. E idosas vivem em geral com mais saúde, o que pode ter um efeito no desempenho delas nas provas.
Todos esses efeitos vão diminuindo seu impacto ao longo do tempo, conforme os países vão se tornando plenamente industrializados, segundo Flynn – isso explicaria por que alguns países europeus, incluindo França e os países escandinavos, apresentaram uma leve queda na pontuação do QI.
Leia mais: Quais os empregos ideais para pessoas inteligentes mas preguiçosas?
Ele admite que o padrão na Europa ainda é meio confuso, mas tem uma ideia sobre o porquê de os índices de QI continuarem a aumentar nos Estados Unidos. "Acho que a sociedade americana tem diferenças econômicas e sociais maiores do que na Escandinávia. Há, por exemplo, americanos negros que frequentam péssimas escolas e vivem em condições extremamente desfavoráveis."
Algumas outras causas possíveis para explicar o efeito Flynn foram apresentadas – e algumas são bastante intrigantes.
Uma, proposta por Arthur Jensen, que ainda precisa ser investigada, culpa a disseminação da energia elétrica.
Ele acredita que a luz das lâmpadas e das telas de TV pode ter contribuído para o desenvolvimento cognitivo de uma forma parecida como as luzes artificiais estimulam o crescimento dos frangos em granjas.
E existe também a teoria de que o mundo de hoje é mais visual do que era 100 anos atrás. As Matrizes Progressivas de Raven – usadas no estudo internacional recente do efeito de Flynn feito por Wongupparaj, Kumari e Morris – pede que as pessoas escolham padrões de um conjunto de listras e rabiscos.
Este teste em particular tem tido os maiores aumentos de QI comparado com todos os outros.
Talvez a televisão, os videogames, as propagandas e a multiplicação dos símbolos em locais de trabalho tenham tornado a tarefa de decodificar sinais pictóricos e identificar seus padrões.
Há também um debate sobre a nutrição das crianças.
Em um artigo publicado na edição de 2008 da Inteligence, Richard Lynn observa que as medidas de desenvolvimento mental infantil aumentaram nos Estados Unidos e no Reino Unido em números correlacionados aos do QI crescente de crianças um pouco mais velhas.
É difícil, porém, comprovar se as teorias de Flynn são suficiente para explicar isso. "As crianças pensam de forma mais científica hoje?", ele pergunta, de forma retórica.
Lynn argumenta que uma nutrição pré-natal é determinante para o peso do bebê no nascimento, que também tem uma relação com QIs mais altos.
A falta de um nutriente específico - o iodo – é conhecido por barrar o desenvolvimento intelectual em crianças que estão em fase de crescimento.
Um estudo de 2005 que examinou a deficiência de iodo na China demonstrou que a pontuação do QI das crianças era maior em áreas onde não havia essa deficiência, e aumentou depois que foram iniciados programas de estímulo.

Resultados

Explicações para o efeito Flynn não faltam, mas o que exatamente isso significa? Será que essa melhora contínua de resultados indica que o teste de QI não está medindo a inteligência? Ou será que as pessoas de hoje em dia realmente são mais inteligentes do que seus antepassados?
"Eu acho que não tem relação com 'mais inteligência'", diz Flynn.
"Hoje, temos uma uma soma maior de problemas cognitivos a que podemos responder em comparação com as pessoas de 1900. Mas isso é só porque a sociedade pede para que resolvamos mais e mais problemas cognitivos. As pessoas em 1900 tinham mentes perfeitamente adequadas para lembrar seus primos de primeiro grau, ou para arar a terra em uma fazenda, ou ainda para fazer uma mudança em uma loja. Ninguém pediu a eles que cursassem o ensino superior."
"É como um levantador de peso e um nadador. Eles podem ter tido o mesmo peso quando estavam no ventre de suas mães, mas teriam músculos diferentes em uma eventual autópsia, não? Então hoje, em uma autópsia, certas partes do cérebro, por exemplo as que usam lógica e abstração, teriam se exercitado mais e, por isso, pareceriam diferentes. Outras partes do cérebro diminuíram um pouco", prosseguiu.
Pode ser que algumas habilidades – como a resolução de problemas ou as habilidades para pensar – tenham melhorado, mas a habilidade cognitiva, em geral, não mudou.
Essa habilidade geral é fundamental para a forma como muitos cientistas veem a inteligência.
Apesar de pouco se saber sobre essa habilidade cognitiva, há uma suposta tendência hereditária de quem é bom em falar em público também seja bom jogando Sudoku (um quebra-cabeças numérico).
O problema é que essa habilidade cognitiva geral é exatamente o que os testes de QI deveriam medir. Na verdade, de todos os outros itens da prova, as Matrizes de Raven deveriam fornecer a medição mais precisa do teste. Se as pessoas não estão se tornando mais inteligentes mesmo, testes de QI não estão fazendo o que eles deveriam.
Mas Rob Morris está preparado para acatar a possibilidade de que, com o tempo, houve um aumento na habilidade cognitiva em geral.
"Parece razoável para mim pensar que o funcionamento intelectual pode ser maior ao longo do tempo em sociedades mais desenvolvidas", contou Morris.
Mas será que nós realmente percebemos no nosso meio uma proporção maior de gênios do que existia em gerações passadas?
"Esse é o aspecto confuso", admite Morris. "Como poderia aumentar tanto, sem que a gente perceba todas essas pessoas super inteligentes andando por aí? Isso é um mistério. Mas as pessoas começaram a dizer que talvez existam pessoas mais brilhantes e elas estariam escondidas por causa da maneira como a ciência se tornou 'especializada' ao extremo. Eles estariam trabalhando em seus próprios campos de pesquisa, fazendo coisas incríveis, e agindo como pessoas normais e genuínas. Mas eles não são identificados como 'gênios'."
fonte : do Site .. BBC do Brasil muito bem Explicado .

quarta-feira, 4 de março de 2015

Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook, deixa a empresa

O brasileiro Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina desde 2011, anunciou nesta quarta-feira (4) sua saída da empresa. "Quero dedicar mais tempo à minha família e, também, usar minha experiência e conhecimento para ajudar jovens empreendedores latino-americanos e organizações sem fins lucrativos da região", escreveu ele nesta quarta-feira (4) em seu perfil na própria rede social (leia o comunicado abaixo).
Antes do Facebook, Hohagen havia sido executivo no Google, entre 2005 e 2011. Responsável por montar a filial brasileira da empresa, ocupou ainda as funções de diretor-geral na América Latina e vice-presidente para a América Latina. 
Na nota em que anunciou sua saída do Facebook, Hohagen afirma que seu período na empresa foi a sua "melhor jornada profissional". "O Facebook na América Latina nasceu na sala da minha casa. Eu ainda lembro de pedir silêncio para as minhas filhas enquanto eu entrevistava candidatos que iriam se somar a mim nessa aventura incrível."
Hoje, depois de quatro anos, tenho o privilégio de dizer que estou ao lado dos melhores profissionais de toda a região na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Miami. Juntos, esta equipe dá suporte centenas de empresas e colabora com milhões de pessoas que fazem parte da comunidade do Facebook.

Tenho orgulho do que construímos nos últimos quatro anos e, mais do que isso, sou grato a todos que fizeram tudo isso ser possível. O sucesso sempre anda junto com grandes pessoas, colaboração e trabalho. E o Facebook me deu tudo isso, todos os dias.

Estou muito satisfeito em ter construído o Facebook na América Latina. No entanto, agora é o momento de ir atrás de outros sonhos. Quero dedicar mais tempo à minha família e, também, usar minha experiência e conhecimento para ajudar jovens empreendedores latino-americanos e organizações sem fins lucrativos da região.

Sempre gostei de movimentações arriscadas e corajosas. Deixar o Facebook não seria diferente. A empresa está em um excelente momento, temos uma liderança incrível e conto com o time dos meus sonhos. Ter construído os fundamentos corretos do negócio faz com que essa movimentação seja mais fácil.

Vou apoiar o Facebook na busca por outro líder que dê continuidade a essa jornada e me comprometo a ficar até completarmos a transição.

Também quero ter um momento para reconhecer o grande impacto que essa experiência teve em minha vida pessoal e profissional, desde o dia em que a Sheryl me ligou para contar sobre os planos do Facebook na América Latina até o dia em que o David ligou para a minha casa e acabou conversando com minha esposa (que, imediatamente, se tornou uma grande parceira na minha saída do Google para o Facebook em 2011) e à incrível liderança da Carolyn, que se tornou não só uma grande líder, como também uma grande amiga.
fonte g1

terça-feira, 3 de março de 2015

Morre cantor José Rico, da dupla Milionário & José Rico

Comunicado foi feito na página oficial da dupla no Facebook. Cantor tinha 68 anos de idade

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José Rico Alves dos Santos, conhecido como José Rico, da dupla Milionário & José Rico, morreu nesta terça-feira (3), em Americana, no interior de São Paulo, após ser internado com complicações no coração e rins, de acordo com nota divulgada na página oficial da dupla no Facebook.
José Rico Alves dos Santos, conhecido como José Rico, da dupla Milionário & José Rico, morreu nesta terça-feira (3), em Americana, no interior de São Paulo, após ser internado com complicações no coração e rins, de acordo com nota divulgada na página oficial da dupla no Facebook
"É com muita dor no coração e profunda tristeza que comunicamos o falecimento do nosso ídolo José Rico. Vamos rezar por este homem que tanta alegria nos deu. É impossível descrever nossa tristeza, estamos todos em estado de choque", diz o post.
José Alves do Santos nasceu em São José do Belmonte, em Pernambuco, no dia 29 de junho de 1946. Formou a dupla com Romeu Januário de Matos, o Milionário, na década de 70, e venderam cerca de 35 milhões de discos até hoje. Gravaram 29 álbuns juntos.
Seu primeiro LP foi gravado em 1973 e contava com músicas como Inversão de ValoresDe Longe Também se AmaParaná Querido e Coração de Pedra.
Ao longo da década de 70, a fama só aumentou, chegando ao auge da dupla com a canção Estrada da Vida, autoria de José Rico em 1978.
Milionário e José Rico acabaram se separando em 1991 em um hiato que duraria até 1994, quando gravaram o disco de número 21 de suas carreiras, Nasci Para Te Amar.
fonte Terra.com

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